segunda-feira, 30 de janeiro de 2012



A casa caiu, os prédios caíram

Diante da incrível e triste tragédia sobre a qual muito se tem falado - os prédios que desabaram no Rio de Janeiro - há de se refletir sobre alguns fatos da vida pessoal e profissional. 

O Rio de Janeiro (a cidade mais linda do Brasil) é conhecidamente bem antiga, sobretudo a sua região central. Quem visitou, quem mora, quem conhece, enfim, todos sabem que suas construções são bem antigas, bem tradicionais, bem clássicas; devido a isso, inclusive, bem lindas. 

Também é do conhecimento geral o fato de essas construções seculares requererem maior cuidado. Não só com a fachada – como costumam pensar-, mas sim com as estruturas internas. Os esqueletos desses prédios podem ser facilmente abalados devido a inúmeros fatores: má conservação, o passar dos anos, a grande umidade do ar carioca, os (TAMBÉM ANTIGOS) encanamentos de gás, obras realizadas sem a menor preocupação com as estruturas localizadas em seu entorno, entre outros.

Quem me lê sabe que eu sou completamente LEIGO em Engenharia e Construção Civil, embora tenha passado por boas experiências como quase-auxiliar mal sucedido de pedreiro. O que me motivou a dissertar sobre o tema foi a preocupação com a vida humana, que está cada vez mais exposta a qualquer tipo de tragédia a todo momento. Infelizmente, as redes de gás que se encontram por baixo de toda a cidade ainda vão nos causar alguns transtornos, visto que são velhas, mal conservadas e ignoradas. O caso é tão sério que há quem diga que sente cheiro de gás o tempo todo nas ruas e prédios do RJ. 

Outra preocupação que me angustia é a maneira como lidamos com alguns acontecimentos. Bueiros precisaram explodir (junto com restaurantes) e prédios tiveram de cair para que o assunto fosse largamente discutido pela imprensa, governo e especialistas. Assim como só se fala nas consequências tristes das fortes chuvas depois que desabamentos matam centenas de pessoas. O Brasileiro tem o péssimo hábito de pensar e agir depois que alguém fala “A CASA CAIU!” – literalmente, nesses casos supracitados. 

Não estou revelando nenhuma novidade, estou apenas tentando fazer uma pobre analogia entre essa péssima conduta e o hábito dos alunos, no âmbito dos Concursos Públicos. Estude! Prepare-se! Pratique seus conhecimentos! Previna-se de qualquer eventualidade ou tragédia! Fortaleça a base do seu saber! Não deixe para ler somente em cima da hora! Se a prevenção fosse hábito do Brasileiro, muitas fatalidades seriam evitadas. Ou seja, o concurseiro precisa aprender a impedir a ocorrência de infortúnios e se preparar SEMPRE para não agir somente quando a casa cai, o prédio cai ou segunda-feira, após a prova. 

Ousem pensar, antes que desabe tudo...

2 comentários:

Caio Lineu disse...

Penso que alcançar uma meta é muito mais do que simplesmente esperar uma oportunidade, e sim fazer com que esta oportunidade nos procure. E isto só depende do nosso trabalho, de nós mesmos.

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Pow cara, que bom que você voltou a escrever, gosto muito dos seus textos! Seu outro blog estava nos meus favoritos, mas você não postava nada, e depois o blog sumiu...
Sei que seus gabaritos são importantes (rs!) mas não deixe de compartilhar suas idéias conosco por aqui.
Aliás, comecei a escrever também, quando puder dê uma passada no meu blog, é só clicar no link da foto. Não tem nada de mais, muito futebol, mas iria gostar de saber sua opinião.

Abraço cara, parabéns pelo seu trabalho!

José Mauro Pinheiro disse...

Texto muito bom, Fabrício!
Também tenho esse carinho pelo Rio e é muito triste vê-lo caindo aos pedaços, por assim dizer. E o Centro, guardando tantas riquezas de outras épocas, tantos cursos interessantes (rs...), não pode ser vilipendiado.

Parabéns!